Região do Cariri deve contar com mais um geossítio até o final de 2019



Foto Reprodução - Pintura Rupestre


Até o final do ano, um novo geossítio do Geopark Araripe deve ser aberto para visitações. O lugar, nomeado como Sítio Arqueológico de Santa Fé, está localizado no município de Crato e já vinha sendo estudado pela fundação casa grande há 30 anos. A área foi descoberta em 1980 pela falecida arqueóloga Roseane Lima Verde.

Com aproximadamente 8,3 hectares, o local contém pinturas rupestres, com mais de 3 mil anos A.C, gravadas e pintadas em pedras. A meta é que até o final de 2019  o novo geossítio da Região do Cariri seja aberto ao público.  O sítio de Santa Fé traz um diferencial: ele é o único do nordeste a reunir duas técnicas de pinturas rupestres juntas.

“A gente não conhece nenhum outro sítio no Cariri Cearense que seja um sítio de gravura pintada e que traga os elementos figurativos que o suporte do abrigo traz, que é a presença de linhas sinuosas, muito associadas às serpentes. É um sítio que tem essa singularidade, esse diferencial em relação aos outros da região”, afirma a arqueóloga da Fundação Casa Grande, Heloísa Bitu.

Sítios arqueológicos no Cariri


O cariri contém mais de 50 sítios arqueológicos e 10 geossítios, com o Santa Fé. Porém, segundo o criador da Fundação Casa Grande, Alemberg Quindins, o Sítio Arqueológico de Santa Fé se difere dos demais.

Têm vários sítios arqueológicos no Cariri, só que nenhum tinha ainda sido classificado como geossítio. Porque o Geopark Araripe ele se forma de geossítios, tem os relacionados a parte do calcário, religiosidade, mas não tinha nenhum ainda arqueológico e esse é o primeiro geossítio arqueológico.” 

Documentação em andamento 


Toda a documentação e estudo do Sítio Arqueológico Santa Fé estão sendo validadas pela Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura (UNESCO) e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Outros dois geossítios, o Levadas de Água e o Caldeirão de Santa Cruz, também devem ser inaugurados no Crato, mas ainda sem data definida.

Roberta Almeida

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